segunda-feira, 5 de abril de 2010

Crítica de Avatar (2009)

Partes negativas ao final.
Vamos as critícas positivas, que óbvio que não poderia faltar neste belo e magnifico filme realizado por James Cameron.
O vilão o Coronel Quaritch (Stephen Lang) - que tem sua própria extensão física - já se estabelece como um dos melhores vilões do cinema recente, nos passa uma raiva, isso por causa da conexão que você faz com o filme, o único filme que torci contra os humanos, coisa rara do cinema!
James entrega um produto que pode ser revolucionário e muito lucrativo. Pandora, o mundo alienígena que ele imaginou, respira nas telas. Cada planta, cada criatura, cada ecossistema parecem reais, como se desenvolvidos por botânicos ou geneticistas.
Revelando um pouco do enredo, o principal Jake Sully (Sam Worthington) cumprirá então a missão de substituir o seu irmão, na ocupação do seu Avatar. Avatar é a denominação de um corpo criado em laboratório, através de uma mistura de ADN humano e Na’Vi. Através do Avatar, Sully tem a capacidade de poder ser fisicamente activo, uma vez que o seu corpo humano não lhe permite mobilidade nas pernas. É precisamente neste ponto da história que somos introduzidos na problemática da personagem, e o que dá inicio ao desenvolvimento do filme.

Depois disso é que os espectadores mergulham no maravilhoso mundo de Pandora, lá encontramos as mais variadas e bizarras espécies de animais e plantas, assim como o tal povo Na’Vi. Azuis, de olhos amarelados e enormes. Que sempre estão atentos com os humanos, que querem tomar seu território devido a um mineral muito específico chamado ‘Unobtainium’. Este material existe apenas na lua de Pandora, e os humanos tentam tomá-lo à força.

O volume absurdo de elementos em tela nunca se sobrepõe aos personagens e seus dramas, nem mesmo no colossal embate do clímax.
O investimento no 3-D estereoscópico auxilia nesse resultado. Com uma profundidade espacial jamais vista no cinema, Avatar tem espaço de sobra para destacar personagens e situações de qualquer coisa que esteja acontecendo nos outros planos. Certos quadros, aliás, são vertiginosos. Cameron sabe muito bem o que obteve e não esconde o jogo: a primeira cena do filme já foi pensada para literalmente ampliar os horizontes da plateia.



Diregindo-se as partes negativas, o ponto fraco da fantasia é o momento “candomblé exotérico”, que além de longo, acabou sendo repetido. E para não dizer que o filme é 100% acertos, certas coisas mereciam mais atenção como um constante óculos Ray Ban no rosto de Trudy (Michelle Rodriguez), uma cadeira de rodas muito antiquada para a época e naves que parecem helicópteros (Apocalypse Now?) num futuro high tech.

Outra coisa é o roteiro - também escrito por James Cameron - se utiliza muitas vezes da desagradável muleta da narração em off, na qual o protagonista fica explicando verbalmente o que está acontecendo, em vez de tentar encontrar soluções mais imagéticas e cinematográficas.

Se observarem a cena que Cameron escolheu para explicar ao telespectador a razão da missão em Pandora. É muito crua. Crua pelo simples fato de que as pessoas envolvidas no diálogo, que provavelmente se conhecem há vários anos, não teriam aquele tipo de conversa primária. Outra coisa é a versão brasileira 3D legendada que tem uma falha na legenda, que troca milhões por bilhões. Uma da frase boba, algo parecido com “Eles cospem na gente, e nem têm a decência de dizer que é chuva”.

Mesmo assim, podemos dizer que vale muito a pena assistir esse belo trabalho do James Cameron.


Nota: 9